18 de janeiro de 2012
iHate INDEFINABLE
Não sei definir o que você é para mim: meu melhor amigo, meu irmão mais
velho, meu amante, meu amigo de balada, meu terapeuta, minha alma
similar, minha alma antagônica, meu veneno, meu repouso. É o que eu
idealizei, o que eu vivi, uma parte de mim, talvez quem eu mais gostei.
Tão constante, tão longe e ao mesmo tempo tão perto. Você é a família
solta que eu tenho pela vida, o lar mutante que nunca se fixa, a vontade
que nunca sacia. Às vezes te guardo raiva, mas como não sentir raiva
por pessoas com quem nos importamos? Em você deposito confiança, admiro o
caráter íntegro – tão romântico nos dias de hoje, que até parece coisa
do passado. Me vanglorio com seu ar antigo e cabeça moderna, sua lucidez
sobre a vida e sua embriaguez sobre todas as outras coisas. Podemos não
ser a metade um do outro, muito menos nos completamos. Mas juntos somos
particularmente nós.
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