27 de dezembro de 2012

TOP 10 ENTRETENIMENTO E CULTURA 2012

10- "Call me Maybe"


A canadense Carly Rae Jepsen saiu do nada para ter a música-chiclete mais tocada de 2012. Se vai ser uma one hit wonder só o tempo dirá, mas fato é que a música rendeu tro-cen-tas versões no YouTube, teve um vídeo divertido e ainda suscitou discussões sérias sobre a afirmação da identidade gay. Enfim, um fenômeno inescapável. 

9- Livros digitais avançam no Brasil




Em 2012, o Brasil de uma vez por todas entrou na rota da venda de livros digitais. Em outubro a Apple lançou a iBookstore; esse mês, o Google Play começou a vender livros e finalmente foi lançada a Amazon brasileira. Em breve a Amazon vai começar a vender o Kindle, mas seu principal concorrente, o Kobo, já está a venda na Livraria Cultura. Os preços dos livros digitais não estão lá muito competitivos, mas se depender dos rumores do mercado, isso vai mudar logo logo. 

8- Abertura/encerramento Olimpíadas

 

As Olimpíadas de Londres tinham tudo para ser inesquecíveis... e foram. Em termos de cultura pop, realmente os britânicos são insuperáveis. Da abertura com James Bond e Mr. Bean ao encerramento que teve revival das Spice Girls e The Who, foi um espetáculo que só quem tem Beatles, Bowie e Beckham pode fazer. E o encerramento das Para-Olimpíadas também teve momento marcantes, com showzaço de Coldplay. 

13 de dezembro de 2012

iHate POP UP LIGHT

Pop Up Light – Luminária minimalista feita de papel



Pop-Up Light é uma luminária minimalista construído a partir de uma folha de Polipropileno (um tipo de plástico), criada pelo estudio de design francês Well Well Designers. A folha vem cortada, e ao ser virada em um ângulo de 90º transforma-se em uma forma geométrica triangular ou circular. Destinado para enfeitar o canto da sala, a luminária cria uma forma luminosa interagindo com a arquitetura. As peças vão ser vendidas em breve online, mas serve de inspiração pra quem quiser tentar fazer a sua própria luminária. Uma idéia simples e bem criativa.

26 de novembro de 2012

iHate TOP10 - MELHORES MÚSICAS POUCO CONHECIDAS DA MADONNA

Com a proximidade do show, fiquei pensando em quais músicas da Madonna são boas mas pouca gente conhece. E não falo de lados B nem daquelas coisas tipo 'essa música só saiu na versão do Erotica lançada no norte do Japão' - falo de músicas que saíram nos álbuns mesmo, mas por essas razões que a própria razão desconhece não viraram single e nem ganharam clipe.

10- SWIM



O que poderia ser uma canção com um ritmo tradicional vira ouro na mão de William Orbit. No caso do disco Ray of Light, é interessante notar que as músicas mais tradicionalemnte pop que viraram sigle. SWIM tem uma batida eletropop com barulhinhos que a princípio não combinam com a letra de Madonna, que fala de 'carregar os pecados nas costas' e 'alunos estuprando professores'. Mas o tom soturno da melodia dá um sentido dark a tudo.

9- WHERE LIFE BEGINS


No disco Erotica, essa é a música mais 'safadinha' depois da faixa-título. Cheia de duplo sentido, fala de orgasmo e sexo oral, com Madonna murmurando como se estivesse prestes a gozar. A batida é uma delícia.

8- ONE MORE CHANCE


Essa é uma das músicas inéditas da coletânea de baladas Something to Remember. É uma balada acústica, só voz e violão - só esse fato já justifica a presença da canção nessa lista. Mas também vale por ser uma das poucas letras em que Madonna se faz de frágil. Sem contar que eu adoro os versos 'I like to play queen of hearts / But never thought I'd lose'.

7- PUSH


A única música do Confessions on a Dancefloor que não se sustenta no estilo 'disco-diva dos anos 70', PUSH tem uma batida mais urbana, se aproximando do R&B. O refrão também remete a uma batida latina e a letra cita explicitamente Every Breath You Take.

9 de outubro de 2012

iHate DEIXE A LUZ ACESA


Mais novo integrante do movimento chamado pelo The Guardian de "New Wave Queer Cinema"DEIXE A LUZ ACESA é um filme semi-autobiográfico de Ira Sachs, ficcionalizando seu relacionamento complicado com o agente literário Bill Clegg (que já contou sua versão da história no livro "Retrato de um Viciado quando Jovem"). No filme, Erik (Thure Lindhardt) e Paul (Zachary Booth) vivem um relacionamento aparentemente sólido e estável, mas o crescente vício de Paul em drogas torna a vida do casal um pesadelo. A estética ultra-realista pertence à mesma escola de NAMORADOS PARA SEMPRE e, especialmente, WEEKEND, embora o resultado não tenha a mesma carga dramática. Apesar do ótimo desempenho do casal protagonista, os diálogos pouco inspirados e repetitivos acabam cansando e reduzindo o peso das decisões dos personagens a um mero "discutir a relação". Um filme que exemplifica a maturidade da temática gay no cinema, mas que de certa forma acaba vítima do seu ultra-realismo. 

1 de outubro de 2012

iHate TOP 10 - Clipes dirigidos por cineastas

Existem trocentos diretores de videoclipes que se tornaram cineastas, mas também existem vários bons exemplos de cineastas que aventuraram no terreno do videoclipe. Abaixo, os meus favoritos:


10- "I Just Don't Know What To Do With Myself" - White Stripes (Dir.: Sofia Coppola)
 

Um simples show de striptease vira coisa fina quando a stripper é Kate Moss e a diretora por trás do poledancing é Sofia Coppola. Aliás, o clipe prenuncia o show das strippers de UM LUGAR QUALQUER.

9- "Bones" - The Killers (Dir.: Tim Burton)
 

Prato cheio para Tim Burton: caveiras, homenagens a filmes da Hammer e humor mórbido. Adoro os esqueletos fazendo homenagem à cena do beijo de A UM PASSO DA ETERNIDADE. Participação de Devon Aoki.

8- "Under the Bridge" - Red Hot Chilli Peppers (Dir.: Gus Van Sant)
 

Dá pra reconhecer claramente o estilo de Van Sant, especialmente no que diz respeito ao ennui adolescente. Los Angeles vira o terreno da morte mas também da redenção. 
 
7- "It's a Sin" - Pet Shop Boys (Dir.: Derek Jarman)
 

A fotografia é puro Jarman, com cada ator personificando um dos sete pecados capitais de forma bastante criativa. Alguns momentos parecem saídos diretamente de CARAVAGGIO.

5 de setembro de 2012

iHate "For those lost, just not forgotten"



For those lost, just not forgotten é um “poema visual” filmado pelo diretor Cole Webley que fala da experiência de se estar perdido emocionalmente. Após um ano trabalhando em comerciais, Webley resolveu fazer um trabalho mais pessoal e mostrou as cenas até então realizadas para o amigo, o também diretor, Chateau Bezerra, que criou o poema narrado no vídeo. Um vídeo tocante que faz a gente pensar sobre a vida e a fragilidade das coisas!

iHate SLAVA MOGUTIN



Slava Mogutin é um artista multimídia russo que mora em NY, conhecido por trabalhar com fotografia, vídeo, texto, instalação, escultura e pintura. Aos 21 anos foi aclamado e condenado pela mídia e sociedade por seus textos ligados a uma literatura homossexual e por sua postura ativista. O artista sempre esteve envolvido em polêmicas, antes de se mudar para os Estados Unidos, ele chocou a sociedade russa, tendo sido acusado de ser um transgressor por não aceitar as normas morais vigentes em seu país, de ser um vândalo malicioso cínico e insolente, além de ter sido acusado de ser um inflamador social por contribuir com a divisão nacional e religiosa, e propagandista de uma violência brutal, patologia psíquica, e perversões sexuais. Forçado a deixar a Rússia, Slava ganhou asilo politico nos Estados Unidos. Assim que chegou em NY, mudou seu foco artístico para a arte visual, se tornando um membro ativo da cena artística urbana. Em seu trabalho fotográfico, podemos perceber sua capacidade para captar corpos e práticas sexuais estranhas, explorando retratos de meninos perdidos, retratando a cultura gay alternativa americana. Seu trabalho pode ser encontrado em grandes publicações como The New York Times, The Village Voice, i-D, Visionaire, L’Uomo Vogue e BUTT

iHate HAIM


A primeira vista, o trio formado pelas irmãs Danielle, Alana e Este, pode parecer uma banda com Alanis Morissette triplicada, mas vai muito além dessa analogia. Provenientes da calorosa nova cena indie de Los Angeles, as irmãs que formam o Haim, utilizam de diversos ritmos para formar sua música, como guitarras de funk, chocalhos e vocais fortes e harmoniosos, o que torna difícil definir um único estilo. Fizeram uma excelente estréia com o lançamento do EP “Forever“, o qual disponibilizaram gratuitamente em seu site, pipocaram em pequenos shows e festivais e conseguiram atrair um buzz pela mídia especializada e por centenas de blogs ao redor do mundo. Com estética vintage inspirada nos anos 1990, já são consideradas coqueluches de inspiração para fashionistas. As meninas tem lançamento de álbum previsto para este ano e agora é ficar de olho, porque certamente você ainda vai ouvir falar do Haim.

16 de agosto de 2012

iHate BATMAN


EU GOSTEI:

- Não é qualquer filme-pipoca lançado no verão americano que é capaz de lidar não com um, nem com dois, mas com três dos grandes eventos histórico/econômicos dos EUA nesse início de século: o 11/9, a crise econômica de 2008 e o movimento Occupy. O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE é antes de mais nada um filme político que exerce uma das funções fundamentais dos produtos culturais: representar e questionar os principais temas de nosso tempo.

- Ainda que sem uma atuação icônica como a de Heath Ledger em O CAVALEIRO DAS TREVAS, o terceiro filme da trilogia de Nolan é o que tem o elenco mais homogêneo e espetacular: Christian Bale tem seu melhor trabalho na série, Joseph Gordon-Levitt mostra porque é um dos atores mais versáteis da atualidade, Michael Caine detona em cinco minutos em cena e, mesmo as atrizes (tão subestimadas na filmografia de Nolan) brilham - especialmente Anne Hathaway.

- Poucos diretores conseguem mesclar um roteiro repleto de simbolismo a cenas de ação impressionantes como Christopher Nolan. A carga dramática da queda de Bruce Wayne e o seu martírio na prisão tem a mesma força da inacreditável sequência de abertura ou da cena no estádio de futebol. Além disso, a carga épica da narrativa transforma a própria cidade de Gotham em protagonista, onde o drama dos personagens está intimamente ligado à forma em que aquela sociedade se organiza.

EU NÃO GOSTEI:

- É impressionante como o filme parece ter como principal foco o caráter capitalista-conservador de Batman - afinal de contas, é um vigilante mascarado e bilionário que faz justiça com as próprias mãos, tentando vingar o assassinato dos pais. Portanto, nada mais reacionário do que impedir uma "revolta popular". Só que no caso do filme de Nolan, "revolta popular" é a mesma coisa que anarquia e destruição (que crime hediondo arrancar casacos de pele de senhoras!), já que o líder da "revolução" é um assassino.

- Para uma produção com tantas ideias, é uma pena que tudo se resuma no final ao tic-tac de uma bomba prestes a explodir, como nos mais rasteiros filmes de ação. Além disso, a tal abordagem realista de Nolan para a série foi para o espaço. Que prisão bizarra era aquela? Se Bruce Wayne podia se amarrar na corda, porque não subiu por ela?? E quando ele volta, o jato dele está estacionado no mesmo lugar???

- Os motivos dos personagens nunca são suficientemente claros para justificar suas ações, o que ressalta apenas o que há de mais formulaico no roteiro. Se Selina Kyle é uma das mais espertas ladras de Gotham (ela invade o cofre de Bruce Wayne!), porque ela se preocupa em conseguir uma máquina (alerta de MacGuffin!) para apagar seus registros? Se Talia Al Ghul odiava seu pai por tê-la separado de Bane, por que ela ainda quer levar a cabo o plano dele de destruir Gotham? E se o motivo da destruição de Gotham era a corrupção em que a cidade se encontrava, por que fazer isso quando o crime tinha sido erradicado pela lei Harvey Dent? São perguntas que o problemático roteiro, entre uma cena de explosão e outra, nem ousa tocar.

E vocês, o que acham de O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE?

iHate MADONNA TOP 10 VIDEOS

Para comemorar o aniversário da Rainha do Pop esse mês, aqui vai minha lista dos 10 melhores clipes da carreira dela.
10- Bad Girl (Dir.: David Fincher)
 
 
David Fincher foi o diretor que melhor captou o status de megastar de Madonna e usou isso como força criativa na realização de videoclipes. No caso, de "Bad Girl", temos uma historinha que muito bem poderia ter se tornado depois um longa-metragem bem ao estilo do cineasta de SEVEN. É um dos poucos clipes (único?) em que Madonna, mesmo que vivendo uma personagem, se dá mal devido à sua posição de poder (sexual, social e econômico). Se bem que terminar o clipe ao lado de Christopher Walken, no papel de Anjo da Morte, não é nada mal...
9- Express Yourself (Dir.: David Fincher)



O clipe de Express Yourself (considerado pela Slant o melhor de todos os tempos), traz Fincher no seu ápice criativo. Um dos clipes mais caros do seu tempo (1 milhão de dólares em 1990), Express Yourself é uma versão pós-feminista do METROPOLIS de Fritz Lang. Do alto da torre mais alta da cidade, rodeada de arranha-céus e pistões que são verdadeiros símbolos fálicos, Madonna canta sobre auto-afirmação da mulher enquanto vive aprisionada por um magnata e observa operários saradões trabalharem lá embaixo. Os movimentos de câmera, sempre de cima para baixo, são um toque de mestre. O clipe brinca com as fronteiras dos gêneros e do sexo como instrumento do poder, um dos temas mais caro da videografia de Madonna. 
 
8- Justify My Love (Dir.: Jean-Baptiste Mondino)


O magnum opus sadomasô de Madonna. Pegando emprestado elementos do cinema francês dos anos 60 e especialmente do filme The Night Porter, o diretor Jean-Baptiste Mondino coloca Madonna no meio de um delírio onde o sexo é menos prazer e mais poder. Figuras andróginas, elementos religiosos  e muito couro preto são cortesia da casa, assim como o modelo Tony Ward. Permanece como um dos clipes mais emblemáticos de Madonna, não só por ser banido na MTV mas também por ser o 'video single' mais vendido da história. 

17 de julho de 2012

iHate FRANK OCEAN


Se todo mundo que revelasse já ter se apaixonado por alguém do mesmo sexo fizesse um disco tão bom quanto Channel Orange, de Frank Ocean, o mundo seria um lugar muito muito muito melhor. 

O cantor de 24 anos era mais conhecido na verdade por seu trabalho como compositor, tendo Justin Bieber, John Legend e Brandy cantando suas músicas. Mas foi quando Beyoncé gravou uma das melhores composições de Ocean até então - "Miss You" - que todo mundo passou a prestar atenção no cara (aliás, por mais que goste da versão da Beyoncé, o Frank Ocean no piano detona). Jay-Z e Kanye West, que não são bobos, pegaram dele a excelente "No Church in the Wild" (usada no trailer do novo O GRANDE GATSBY) e gravaram no badalado Watch the Throne. Não demorou muito para Frank Ocean ser considerado a mais nova promessa do R&B.

Além de ter suas composições cantadas por outros artistas, Ocean já havia despertado o interesse do mercado fonográfico através do lançamento independente do disco Nostalgia, Ultra, cuja ótima música Novocane, que cita de Viagra a Stanley Kubrick, chegou ao Top 100 da Billboard.

Diante desse cenário, havia uma certa expectativa com o lançamento do primeiro disco de Frank Ocean por uma gravadora. Essa expectativa foi multiplicada por 100 quando o cantor, em seu Tumblr, publicou um texto dizendo que se apaixonou por um homem quando tinha 19 anos e que, embora aquele amor nunca tenha se tornado público, foi um dos melhores momentos da vida dele. Em um dos momentos mais bonitos do texto, Ocean escreve: 
 
"Thanks. To my first love. I'm grateful for you. Grateful that even though it wasn't what I hoped for and even though it was never enough, it was. Some things never are... and we were." 
 
É um texto muito bonito e sensível, onde o cantor também afirma que agora não tem mais nada a esconder. Isso tem particular importância porque vários rumores começaram a surgir depois que alguns críticos, depois das primeiras audições do álbum Channel Orange, disseram que era o disco em que Ocean estaria saindo do armário, com pelo menos três músicas onde ele falava de amor relacionando a um "him" [ele] ao invés de "her" [ela]. A orientação sexual do cantor já vinha sendo discutida até mesmo anteriormente, quando na própria "Miss You" de Beyoncé existe a frase "it doesn't matter who you love." Ou então em "Thinkin' Bout You", que Justin Bieber regravou, mas trocando uma frase em que aparecia "boy" por "girl". 
 

10 de julho de 2012

iHate MARK SELIGER


É impossível pensar nos últimos 20 anos da revista Rolling Stone sem pensar no trabalho de Mark Seliger. Assim como Annie Leibovitz foi responsável pelas marcantes imagens da publicação nos anos 60 e 70, foi Seliger o fotógrafo oficial de praticamente todas as capas da Rolling Stone a partir dos anos 90. No clique abaixo, alguns dos trabalhos de Mark Seliger que acho mais bacanas.

Sem dúvida, o trabalho mais marcante de Seliger foi o retrato de Kurt Cobain para a Rolling Stone feito dois meses antes da morte do cantor. A fotografia seria usada como capa de um perfil de Cobain, mas acabou sendo a imagem-símbolo das homenagens póstumas ao líder do Nirvana.



iHate 20 YEARS OF BATMAN RETURN

  
BATMAN O RETORNO foi o que me fez descobrir o verdadeiro significado de hype. O ano era 1992, e pela primeira vez passei a procurar desesperadamente por notícias, fotos e vídeos de um filme. Afinal de contas, ele se tornou um dos melhores filmes de superheróis de todos os tempos e a minha produção preferida da série BATMAN (sorry, Christopher Nolan). Para minha surpresa, descobri que semana passada o filme completou 20 anos de lançamento.

Para dizer a verdade, não consigo explicar porque queria tanto assistir a BATMAN O RETORNO. Tinha assistido ao primeiro BATMAN em VHS e, apesar de ter gostado (Jack Nicholson realmente impressiona e aquela cena na galeria de arte é um dos meus momentos favoritos do cinema de Tim Burton), está longe de ser um dos meus filmes preferidos.

Por outro lado, tudo sobre BATMAN O RETORNO eu lia avidamente: primeiro sobre o retorno de Michael Keaton, depois a escolha do Pinguin e da Mulher-Gato para vilões (dois vilões!), e finalmente a novela sobre a escolha da atriz para fazer Selina Kyle, cujos nomes dados como quase certos várias vezes eram o de Madonna e Rachel Welch.

Posteriormente, quando as primeiras fotos foram divulgadas fiquei ainda mais impressionado:  o Pinguin era nojento e a Mulher-Gato era diferente de tudo  que já tinha sido feito - afinal de contas, ela usa praticamente um figurino sadomasoquista. Lembro claramente de ter visto pela primeira vez imagens do filme no Video-Show (ainda apresentado pelo Miguel Fallabella!). Duas cenas eram rapidamente mostradas: a briga entre Batman e a Mulher-Gato no telhado e a sequência em que a vilã está na loja de departamentos. O programa exibiu imagens de making of (depois usadas como extra no DVD) de Michelle Pfeiffer treinando e depois tentando - sem CGI! - arrancar a cabeça a de cada um dos manequins com o chicote. 

4 de julho de 2012

iHate HOMOPHOBIA


Homophobia é um projeto coletivo conduzido pelo jovem diretor Gregor Schmidinger, que inclusive já dirigiu outro curta-metragem intitulado The Boy Next Door ultrapassando a marca de mais de 2 milhões de visualizações em seu canal no Youtube. Dessa vez o diretor nos apresenta Homophobia, que conta a história de um adolescente, que serve as Forças Militares da Áustria e experimenta sentimentos homossexuais com um dos seus colegas na sua última noite na fronteira austro-húngara.


iHate ARE YOU DOING WHAT YOU LOVE?

Não é preciso dizer muito sobre este vídeo, apenas que você vai se encontrar no meio da narrativa e que a pergunta final é sempre válida. Sempre, mesmo que você saiba a resposta.

Produzido pela Box1824, vale a visita.

3 de julho de 2012

iHate MY BETTER HALF



Amanda Jane Jones fotografa casais apaixonados e depois faz pequenos desenhos nas imagens, deixando o resultado fofo e romântico.

O projeto se chama “My Better Half” e é daqueles que deixa o dia da gente mais bonito!

iHate TARANTINO WOMENS

- Mia Wallace (Uma Thurman, PULP FICTION): Femme fatale ícone do universo filme B criado pelo diretor, aparentemente existe simplesmente como tipo - nesse caso, "mulher do gângster". Porém, quando a conhecemos melhor, vemos que ela tem opiniões bastante definidas sobre sexo, drogas e ...milkshake. 
- Shosanna Dreyfus (Mélanie Laurent, BASTARDOS INGLÓRIOS): Única sobrevivente do massacre que dizimou sua família durante a campanha nazista na França, busca vingança contra seus inimigos usando uma das armas mais eficientes já criadas: o cinema. 
- A Noiva (Uma Thurman, KILL BILL Vol. 1 & 2): Noiva. Mãe. Assassina. Nascida como ideia de piloto de TV para Mia Wallace, nada a impedirá de completar sua vingança, matando um por um aqueles que impediram sua felicidade. 
- Jackie Brown (Pam Grier, JACKIE BROWN): Aeromoça de meia-idade cansada da vida encontra mala cheia de dinheiro. Mafiosos, cafetões, policiais corruptos e Bridget Fonda vêm de brinde.

30 de junho de 2012

iHate CELESTE AND JESSE FOREVER

 

A trama é sobre um jovem casal que tenta manter a amizade e namorar outras pessoas após um recente divórcio. Será isso possível?
Mais um indie movie para minha coleção.

15 de junho de 2012

iHate TOP 10 MADONNA TOURS

Depois da lista de melhores álbuns, chegou a vez de fazer um ranking das turnês. Nada mais propício, já que a mais recente empreitada pelos palcos mundiais da cantora, a MDNA Tour, começou semana passada em Israel. Esse Top 10 na verdade tem "10" só no nome, porque Madonna teve até agora oito turnês completas na carreira. Vamos à lista, em ordem decrescente de preferência:

8- The Virgin Tour (1985) 



A primeira turnê de Madonna e, por isso mesmo, a mais simples. Auge do período "boy toy", temos apenas Madonna e a banda. Nem por isso a cantora deixa de inserir uma certa esfera teatral em cada canção, o que posteriormente viria a revolucionar todas as turnês de cantores pop. Os destaques vão para a energética abertura com "Dress you up" e o delicioso mashup de "Like a Virgin" com "Billie Jean", de Michael Jackson.

7- Who's That Girl World Tour (1987)
 

A abertura emulando o clipe de "Open Your Heart" já indicava: nascia uma nova Madonna, muito mais atlética, sensual e provocadora. Além disso, seu show passava a ser não apenas a apresentação ao vivo de músicas mas uma performance completa de uma artista não apenas preocupada com canções mas também nas representações visuais que elas poderiam ter. Uma das minhas apresentações favoritas da cantora é a de "White Heat", música que ela nunca mais cantou ao vivo e que, anos antes de DICK TRACY e da profusão de armas da MDNA Tour, já dava sinais de que Madonna tinha particular interesse no universo do crime como temática. 

6- The Re-Invention Tour (2004)
 

29 de maio de 2012

iHate THE GREAT GATSBY


Um dos filmes que mais quero ver esse ano, O GRANDE GATSBY de Baz Luhrmann, ganhou um trailer tão espetacular que calou a boca de todo mundo que tinha dúvidas que o diretor de MOULIN ROUGE pudesse ser capaz de captar o clima do romance clássico de Fitzgerald (e um dos meus livros preferidos).

Obviamente que jogo é jogo e treino é treino, mas o trailer já dá um boa indicação da maneira que Luhrmann vai conciliar seu estilo particularíssimo à narrativa poética do romance. Só as cenas das festas já tiram o mofo da adaptação feita nos anos 70, que tinha um tom tão referencial que Robert Redford andava pela mansão de Gatsby como se fosse Hamlet na Dinamarca. Os roaring twenties de Luhrmann realmente passam a sensação de prosperidade infinita tão bem descrita por Fitzgerald.

Além disso, as poucas imagens mostradas já denotam que O GRANDE GATSBY teve o melhor trabalho de casting do cinema recente: realmente é difícil pensar em outros atores contemporâneos para interpretar aqueles personagens. Carey Mulligan, por exemplo, nasceu para fazer Daisy (e até na voz ela acertou, diferentemente de Mia Farrow). Só é pena ter mostrado quase nada de Isla Fisher como Myrtle. Além disso, é legal ver essa reunião de Luhrmann com DiCaprio tantos anos depois. Sobre o uso de 3D, parece que teremos muitos confete de festas, a luz verde e a famosa "cena das camisas".

Nível de ansiedade MIL para esse filme.

9 de maio de 2012

iHate Google Project Glass: One day…

No projeto tudo funciona, o vídeo abaixo mostra um futuro até possível. Mas, será? Será que usaremos esse tipo de tecnologia o tempo todo?
Parece contribuir pela facilidade e permite deixar as mãos livres… Vamos aguardar isso virar um produto de verdade e aparecer nas ruas.


Mais informações no THE VERGE

iHate GIF PROMETHEUS²

Ridley Scott parece que não está de brincadeira com PROMETHEUS. Já que se trata de uma espécie de prequel de ALIEN, o diretor parece que vai tentar bater a cena da explosão do peito de John Hurt na categoria "imagens que induzem ao vômito". 
Uma dessas cenas nojentas apareceu rapidamente no último trailer do filme, e já ganhou gif. Se você tem estômago forte, vai pro clique abaixo.

19 de abril de 2012

iHate TITANIC 3D IMAX REVIEW


Fim de semana passado fui ao cinema assistir ao relançamento de TITANIC que, depois de 14 anos, retorna aos cinemas no aniversário de 100 da tragédia que matou mais de 1500 pessoas. 
 
TITANIC é o filme que mais vezes vi no cinema: 9 vezes. A primeira vez que assisti foi na sessão inicial de 13:00 no dia que estreou no Brasil, no final de janeiro de 1998. A sessão estava vazia e acho que a melhor palavra para descrever a sensação que eu e todos os espectadores tiveram ao final da sessão é "devastado". Posteriormente, assisti a TITANIC mais 8 vezes (incluindo um dia em que vi o filme 3 vezes seguidas, nos áureos tempos do cinema de rua em que bastava continuar sentado para pegar mais uma sessão).
 
Confesso que , além de adorar TITANIC, o que me fazia voltar às sessões do filme de James Cameron era o prazer de perceber as reações do público. Não importava a diferença de idade, classe social e gênero, as pessoas tinham as mesmas reações nas cenas-chave: todos riam das cusparadas de Rose, todos prendiam a respiração à medida que o navio afundava, todos tinham os olhos cheios d'água com a morte de Jack. Se alguns chamam a isso de manipulação, eu acredito que não existe nada mais significativo no cinema como experiência - uma atividade próxima da comunhão religiosa.
 
Portanto, exatamente na décima vez que ia assistir a TITANIC nos cinemas, tinha que fazer em grande estilo: fui assistir na sala IMAX 3D que tem aqui no Rio de Janeiro. E tenho que dizer que, mesmo o preço sendo pra lá de salgado, valeu cada centavo. Primeiramente porque o filme não envelheceu em nada, e em segundo lugar porque assistir àquelas cenas grandiosas em uma tela idem, vale qualquer preço.
 
James Cameron é mesmo o Cecil B. De Mille do nosso tempo: na narrativa não inova muito, mesmo trabalhando os clichês como ninguém; e no apuro técnico, é imbatível. Depois de ter mudado o cinema (como arte e indústria) em AVATAR, Cameron faz uma bastante competente conversão de TITANIC para 3D. Primeiramente porque prefere o estilo de exibição em que a imagem ganha profundidade, ao invés de ficar fazendo as coisas pularem da tela o tempo todo. Assim sendo, todas as cenas em que o navio é mostrado do alto com o mar embaixo, a sensação que dá é que realmente existe um oceano por detrás da tela. Na cena em que Jack e Rose se encontram pela primeira vez, quando ela tenta pular do navio, cheguei a ficar com vertigem. 
 
 
Assistir ao filme pela primeira vez depois de muito tempo (tirando umas muitas vezes que vi em fita VHS) também me fez perceber certas coisas que não havia notado ou dado a devida importância. Por exemplo, a qualidade do elenco, em especial o coadjuvante. É que o filme pertence a Leonardo DiCaprio e Kate Winslet - ele no auge da beleza e extremamente carismático, ela ingênua na sua rebeldia feminista típica das protagonistas de Cameron. Contudo, alguns atores em poucas aparições tem cenas que são verdadeiras jóias. Frances Fisher como a mãe de Rose, por exemplo, parece saída de uma romance de Edith Wharton. Na cena em que aperta o corpete da filha e diz que a família perdeu tudo ("você quer que eu vire uma costureira?"), consegue dar uma dimensão maior a uma personagem que poderia uma mera vilã de folhetim (o que acontece com Billy Zane, aliás). Bernard Hill e Victor Garber, como o capitão e engenheiro do navio, respectivamente, também tem poucas mas marcantes cenas. Ver o orgulho dos dois se tornar uma espécie de loucura é de quebrar o coração. Além disso, uma das minhas cenas favoritas envolve Bruce Ismay (Jonathan Hyde), o idealizador do Titanic, quando ele covardemente pula para dentro de um bote salva-vidas: filmado em contraplano, o barco começa a descer ao mesmo tempo em que ele fecha os olhos e a música toca, num dos mais fortes exemplos de humilhação que vi no cinema. 
 
Outra coisa que me chamou a atenção dessa vez é como, de certa forma, James Cameron preenche o filme de um certo tom fúnebre desde o início, como se a morte (e não o amor adolescente de Jack e Rose) fosse o assunto principal do filme. Afinal de contas, não podemos nos esquecer que o casal apaixonado se encontra pela primeira vez quando Rose está tentando o suicídio. Além disso, ao final da cena romântica central do filme ("Jack, I'm flying"), acontece a transição para o Titanic destruído e submerso, imagem mais do que fúnebre. E mesmo a cena final do filme, visto por muitos como um final feliz forçado entre Jack e Rose, pode ser interpretado como a morte da protagonista e seu encontro com Jack (e outros tripulantes) no mundo dos mortos.
 
 
Para terminar, antes de ir embora, eu olhei pra tela com os olhos marejados e pensei: "Catorze anos se passaram e esse filme continua emocionante. É um clássico.". THE END.

3 de abril de 2012

iHate SOUNDDAY

Meio pop, meio reaggae (o timbre da voz) assim é o som da Selah Sue, cantora belga de 22 aninhos e que acabou de ganhar o European Border Breakers Award. A track Raggamuffin já bomba por aí:


Rufus Wainwright está de volta! Ao lado do mega-produtor Mark Ronson, o cantor lança esse mês o seu novo disco, Out of the Game.


O clipe do primeiro single, de mesmo nome, foi revelado hoje tendo a adorável Helena Bonham Carter como uma bibliotecária solitária, porém sexy. A interação entre ela Rufus (in drag) no clipe é engraçada e bizarra ao mesmo tempo. As piadas com os livros mostrados no clipe são também ótimas. Todo artista deveria ter menos um clipe com Helena Bonham Carter, não é mesmo?

iHate FLOATING CINEMA


O arquiteto Ole Scheeren montou, em parceria com a Film on The Rocks Yao Noi Foundation, um cinema flutuante em plena ilha na Tailândia! Tudo isso foi armado para exibição de filmes do festival que durou 4 dias, dentro do resort Six Senses. Mais de 100 workshops aconteceram, com Tom Sachs no comando.