27 de março de 2012

iHate MDNA

O novo álbum de Madonna, MDNA, é bastante diferente, mesmo que muito convencional. Talvez pela primeira vez na carreira, a cantora trabalha com muitos produtores (William Orbit, Martin Solveig, Benny Benassi, Demolition Crew), mas mesmo assim continua firme em produzir canções pop para incendiar as pistas de dança.

Depois do bastante irregular Hard Candy, em que flertou com o hip-hop e produtores da moda (Pharrell Williams, Justin Timberlake e Timbaland), a cantora retoma o som dance e eletro que popularizou em sua carreira. Para isso, conta especialmente com a ajuda do produtor William Orbit, responsável pelo melhor disco da cantora (Ray of Light). Mas se as canções de Orbit no disco são mais introspectivas, aquelas produzidas pelo DJ francês Martin Solveig (do megahit "Hello") fazem mais o estilo "gruda na cabeça e não sai nunca mais".

Várias das letras abordam o divórcio da cantora com o cineasta Guy Ritchie, passando pelo rancor ("I Don't Give A"), arrependimento (a bela "I Fucked Up") e pela raiva absoluta ("Gang Bang", a minha preferida do álbum). A cantora também flerta com as referências religiosas, característica central de sua carreira. Antes da farofice de "Girl Gone Wild", ela faz uma oração, e na ótima "I'm a Sinner" (onde Orbit recicla seus sons característicos) enumera nomes de santos. Há uma certa rebeldia inocente em algumas letras que lembram o primeiro disco de Madonna, enquanto algumas batidas parecem ter saído diretamente de Confessions on a Dancefloor. No geral, é um bom disco. Em minha lista de discos favoritos de Madonna, MDNA fica entre American Life e o Confessions.

Nenhum comentário:

Postar um comentário